Nesta semana, o aplicativo ganhou sua versão para Android, causando polêmica nas redes sociais
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Foto: divulgação |
O Instagram, aplicativo para filtros e efeitos em fotografias está disponível para o Android (sistema operacional do Google, existente em tablets, smartphones e celulares – na maioria das vezes mais baratos que os aparelhos da Apple). Com o acontecimento, a ferramenta deixa de ser restrita aos “Apple users” e outras pessoas poderão brincar de ser “vintage”.
Muitos questionam o uso da fotografia em plataformas móveis, deixando de lado o olhar profissional de muitos fotógrafos. Porém, é absolutamente saudável termos a oportunidade de sair fotografando belas cenas do nosso dia a dia e poder dá-las um toque retrô, com um efeito especial e compartilharmos com nossos contatos virtuais. Ruim apenas é o uso demasiado da ferramenta ou usá-la de maneira que agrida ou cause desconforto aos outros.
Nesta semana, o lançamento do Instagram para o Android causou frisson nas redes sociais e confesso que – como usuário do sistema e feliz por poder me aventurar no mundo das fotografias belas e levemente manipuladas – me assustei com a reação dos “Apple maníacos”, que atribuíram a situação como “okutização” do sistema.
Indignados, muitos usaram termos pejorativos aos novos indivíduos que agora poderão aderir ao Instagram. No twitter, mensagens machistas e de cunho nazista foram destaque, ao lado de adjetivos como “pobres”, e “beneficiários do bolsa família” aos novos integrantes.
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Foto: reprodução |
Entendo perfeitamente o medo da popularização excessiva destas ferramentas, mas me questiono por que nos incomodamos tanto com a pluralidade de sua disponibilização. O problema não é todos possuírem um aplicativo que permite compartilhar fotos bonitinhas com seus amigos, e sim a maneira como ele será usado. E quem me garante que a restrição a apenas algumas pessoas, talvez de classe social um pouco maior, não lhe proporcione também um uso ruim? O universo pode ser novo para muita gente, mas não é justo querer privar um ou outro de poder desfrutar das novas tecnologias disponíveis atualmente. No início pode até ser que um ou outro escorregue na forma de utilização, mas todos pegam o jeito da coisa com o passar do tempo. Ninguém nasce andando. E mesmo assim, logo mais outro aplicativo ainda mais interessante já haverá surgido e todos estarão migrando para ele, transformando o luxuoso Instagram em um mero Orkut.
Confesso que muitos não exploram seu poder de comunicação e postam coisas desnecessárias e irritantes nas redes sociais. Mas somos livres e temos permissão de acessar ou não todo este conteúdo. Ninguém nos obriga a seguir ninguém, muito menos de consumir o conteúdo de nossos contatos online. Somos nós que escolhemos aquilo que queremos ver e isso também se insere no bom uso das redes sociais. Aplicar filtros em fotos é fácil, agora, poupar comentários desagradáveis a quem pode aderir às novidades virtuais e filtrar o conteúdo que recebemos dela, parece difícil até aos mais finos. Porque pra mim, pouco se diferencia quem tira foto de um simples pão com ovo ou de uma taça de champagne para descrever algum momento interessante de sua vida...