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sábado, 3 de setembro de 2011

O que é democracia no país em que políticos fazem tudo e população manda em nada?

Lula, Dirceu e Dilma no Congresso do PT. Dirceu, réu no processo do mensalão, foi ovacionado pelos militantes do partido. Nesse Brasil tudo pode e ninguém é de ninguém! (foto: site Veja)

Parece que cada vez mais os acontecimentos políticos desse país me deixam com um sentimento de indignação ascendente. Estamos todos esgotados, mas para nossos queridos governantes nunca é demais! O que se vê é uma população entediada com os rumos que sua política toma, mas que não consegue mudar o sistema. Parece que o verdadeiro sentindo da palavra democracia (governo do povo), está ficando mais longe de nossa sociedade.

Esta semana, tivemos ótimos exemplos de situações que deixam você e eu revoltados, sem saber o que fazer. Tivemos a absorção da deputada Jaqueline Roriz (PMN – DF), após a divulgação de um vídeo, em que ela aparece recebendo suposta propina, de Durval Barbosa (DEM). Ela não é a primeira e pelo visto não será a última beneficiada por leis que não valem para todos nesse Brasil. Qual foi o problema deste caso? Faltaram provas suficientes, ou todos queriam mesmo saborear uma boa pizza?

Exemplo de que todos merecem um perdão, José Dirceu foi acariciado e exaltado pelo eterno presidente Lula, Dilma Rousseff e militantes do PT, no 4º Congresso do partido, realizado na última sexta (02/09). Para quem não se lembra, o mesmo José Dirceu ovacionado por seus colegas e admiradores, é o principal réu no processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal). Ou todos têm memória curta, ou realmente não se importam com os inúmeros e desgastantes acontecimentos políticos em nosso país.

É um roubo atrás do outro, mas nunca ninguém é punido de verdade. Fazem o que querem com nosso dinheiro e quando o povo resolve se mobilizar é reprimido ou ignorado. Mais uma vez, o verdadeiro sentido da democracia se afasta. Uma das principais promessas na campanha da presidente Dilma, foi a erradicação da pobreza e a diminuição da desigualdade social. Porém, o que vemos até agora não condiz com o prometido. Nas redes sociais, vi um comentário exatamente assim: “Os políticos brasileiros estão preocupados com a distribuição de renda. Só que para as pessoas erradas”. Realmente, esta parece ser a mais pura verdade.

Nem a nossa região escapa! Em São José dos Campos, interior de São Paulo, mesmo sobre forte pressão popular, vinda de diversas cidades do Vale do Paraíba, os vereadores da cidade simplesmente ignoraram os protestos contra o aumento do “supersalário”, inicialmente previsto em cerca de 80%, mas fixado em 55%, passando de R$ 8 mil, para quase R$ 13 mil reais por mês. Os sucessivos protestos da população foram completamente ignorados. Claro, somente eles têm a razão.

Como se não fosse o bastante, nosso querido governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), tem a capacidade de pedir para que os professores trabalhem por “amor” e não por dinheiro, diante a crise da educação no estado. Veja que interessante, que genial, sr. Governador! Quer dizer que nesse país, professores, bombeiros, policiais e outros milhares de trabalhadores devem exercer suas funções com mais amor ao invés de se preocuparem em exigir mais pela miséria que ganham? Enquanto isso, a camada alta da população, composta por nossos políticos e servidores públicos, com salários que passam de R$ 13 mil, de R$ 26 mil, declaram aos quatro ventos que a quantia recebida é “compatível” com a função que exercem.

O fato é que nossos políticos simplesmente ignoram a opinião pública. A população é maldosa demais. A imprensa é investigativa demais. Eles só estão ganhando seu "dinheirinho", pegando uma carona em "jatinhos" públicos, usando e abusando daquele "salariozinho" que sai do meu e do seu bolso. Nossos governantes governam para seus interesses próprios, e enquanto isso acontecer vou continuar desacreditando no exercício da plena democracia. O governo brasileiro é de todos, menos do povo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Jobim dá continuidade a dança das cadeiras e põe em cheque as escolhas de Dilma

Nelson Jobim, demitido do Ministério da Defesa ontem, após declarações polêmicas ligadas a política e ao governo

A presidente Dilma está realmente empenhada na faxina em seu ministeriado antes mesmo de completar um ano à frente ao planalto. No mês de junho, após sucessivas denúncias sobre enriquecimento (relacionado ao aumento de seu patrimônio em 20 vezes entre 2006 e 2010), o até então ministro da Casa Civil Antônio Palocci foi o primeiro a cair, puxando o arrastão do governo.

Após a saída de Palocci, nome forte no Planalto, outros nomes se enfraqueceram, como o na ocasião ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, que disponibilizou o cargo a presidente, resultando em um simples troca-troca ao assumir o Ministério da Pesca, de menor relevância. Em contrapartida, a então ministra da Pesca, Ideli Salvatti, passou a nada mais, nada menos a ocupar a pasta de Sérgio. A mudança gerou polêmica e colocou em questionamento, o nível de proeminência de cada ministério e de seus condutores.
Mas se Dilma pensava que o pior já havia passado, estava enganada. Como se não bastasse, no começo de julho foi a vez do ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PP) deixar o cargo após uma série de denúncias na pasta. Junto com Nascimento, mais de 20 integrantes do ministério perderam seus cargos. 

Em Brasília, políticos e escândalos protagonizam e sempre protagonizarão a mesma novela, até mesmo quando o enredo não envolve corrupção. A mais nova vítima da poderosa limpeza de Dilma Rousseff (que deve estar apenas no começo), nada mais é que um dos mais longevos ministros na administração petista, Nelson Jobim (PMDB). Agora ex-ministro, Jobim se viu obrigado a deixar o Ministério da Defesa após sucessivas declarações polêmicas ligadas a política e ao governo. Na semana passada, em entrevista ao canal virtual da Folha e UOL, Jobim afirmou ter votado em José Serra nas eleições de 2010, por sua relação forte de amizade com o tucano há anos. Os ânimos em volta da revelação do ex-ministro pareciam começar a se acalmar esta semana, quando a revista Piauí divulgou novas declarações do peemedebista, criticando a atuação de Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann no governo. Segundo a publicação, ele havia declarado que Ideli é “fraquinha” e Gleisi “nem sequer conhece Brasília”. Foi o basta na situação, e mesmo sendo um ministro respeitado, tendo comandado reformulações na malha aérea e ficado à frente da criação da Comissão da Verdade, e das operações que expulsaram traficantes do complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, Jobim não ficou ileso.

A demissão de Jobim, é apenas o início da faxina que Dilma terá que fazer no Planalto para não desgastar sua imagem publicamente
Alguns julgam as declarações de Jobim atrapalhadas, antiéticas e desnecessárias (e realmente são). Já o próprio peemedebista confirma que elas estão completamente fora do contexto citado na entrevista, o que também parece ser uma forte hipótese, diante do sensacionalismo provocado pela imprensa a cada vírgula excedida por personalidades de conhecimento público. O fato, é que independentemente do desconforto causado, ou da má interpretação das palavras de Jobim, a demissão tem um motivo claro: Dilma não quer expor o governo a polêmicas na mídia e deixar sua imagem ainda mais desgastada com os freqüentes escândalos de Brasília em seus primeiros meses de administração.

Nelson Jobim sempre impôs respeito e seu caráter o manteve afastado de esquemas de corrupção ou qualquer sujeira política e já atuou nas administrações de Fernando Henrique Cardoso e Lula. Foi absolutamente infeliz e deselegante em suas declarações, transmitindo a sensação que realmente não queria mais permanecer no governo e sua demissão, foi apenas o começo da “faxina” que Dilma deve fazer no Planalto até 2012, antes que enfraqueça publicamente. Parece que a presidente começa aos poucos mostrar sua personalidade e seu poder de atuação, e é realmente necessário corrigir os problemas o quanto antes. Mas vale lembrar, ninguém está ocupando uma pasta à toa no governo. Se está ali, foi porque Dilma escolheu e confiou. Até então, parece que a presidente tem se decepcionado em suas escolhas...