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sábado, 26 de janeiro de 2013

E o salário ó...

O prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), sancionou em tempo recorde o aumento de 5% em seu salário, além dos salários dos secretários e servidores públicos. O projeto foi proposto pela Câmara Municipal e aprovado por unanimidade numa sessão extraordinária que também estabelecia a criação da TV Câmara e aumento de 103% no salário do vice Itamar Coppio (PMDB).

Os reajustes ao prefeito e aos secretários chegam a ser aceitáveis, porém, no meu ponto de vista (e no da população também) soam desnecessários.  Um prefeito que acaba de iniciar seu mandato, não necessita de reajuste para pouco mais de 20 mil reais.

Carlinhos e Itamar Coppio.
(Foto: Wendell Marques/O Vale)
No mundo real dos trabalhadores brasileiros, o aumento de salário não vem com facilidade, e muitas vezes se dá após bom desempenho profissional. Nesse caso, nosso prefeito ainda não teve tempo para mostrar o trabalho que será feito em sua gestão.

Absurdo mesmo é um aumento que dobra o salário do vice-prefeito. Agora, Dr. Coppio tem o segundo maior salário de vice no Estado de São Paulo (perdendo apenas para capital). É de se esperar que ele mostre pelo menos muito serviço e faça jus à "promoção" salarial.

Em reportagem ao jornal “O Vale”, meu professor de sociologia na faculdade, Mauricio Rego, faz uma observação importante:  “Hoje o PT está na presidência da Câmara e poderia barrar esse aumento, mas mantém as mesmas aberrações imorais. Qual servidor recebeu mais de 100% de aumento?”.

É bonito nossos partidos pregarem a igualdade social no Brasil, mas a luta somente se torna efetiva se começarmos lá de cima. Perdemos a confiança em nossos políticos e não achamos que eles tenham direito à promoção alguma enquanto não provarem uma conduta séria e comprometida com interesses sociais.

Caros representantes, se preocupem primeiro com a sociedade, com o salário apertado do trabalhador que se equilibra diariamente para pagar suas contas e viver dignamente. Depois, aí sim, quando todos gozarem dos mesmos direitos, pensem em colaborar com quem já está com a vida ganha. 

Atualizado em 29/01 - 22horas.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

SP-50: além do cuidado dobrado...

Trecho em obras da rodovia SP-50 (Foto: Thiago Leon/O Vale)

Dois graves acidentes em uma semana (um deles envolvendo a prefeita eleita de Monteiro Lobato, Daniela de Cássia, e seus familiares), chamam atenção para problemas na rodovia SP-50, que liga São José dos Campos à Campos do Jordão.

São freqüentes as ocorrências no local, que recentemente ganhou reforma completa. Novo asfalto e nova sinalização são acompanhados de velhos gargalhos.  A estrada não tem acostamento, possui curvas extremamente perigosas, mato alto (que começa a esconder até mesmo a nova sinalização) e conta com obras que deixam muitos trechos com apenas meia pista acessível.

A SP-50 possui movimento intenso aos dias de semana, uma vez que grande parte da população de Monteiro Lobato e São Francisco Xavier se desloca à São José para trabalhar. Aos fins de semana e feriados, é a vez dos turistas que trafegam pela Serra utilizarem o trajeto. No total, cerca de 2.200 veículos trafegam na rodovia por dia.

Não dá para negar também a falta de conscientização dos motoristas que desrespeitam os limites de velocidade recomendados e realizam manobras e ultrapassagens perigosas em uma rodovia que não oferece condições para isso.  Se um carro invade a pista, ou se em uma das inúmeras curvas sinuosas perde-se o controle do veículo, o condutor não tem escolha e tais imprudências podem resultar em vítimas fatais.

A SP-50 é carente de radares, fiscalização de polícia rodoviária e principalmente manutenção periódica. Deve haver maior agilidade da DER (Departamento de Estradas de Rodagem) e do próprio governo para combater a precariedade da rodovia. Precisamos ficar atentos e além de cobrar mais dos responsáveis, devemos tomar os cuidados necessários ao volante, dirigindo por nós, e pelos outros. 

sábado, 21 de abril de 2012

Sem nome forte para disputar a prefeitura, hegemonia tucana é ameaçada em São José

O deputado federal, Emanuel Fernandes, durante campanha do atual prefeito Eduardo Cury em 2008
Dos seis nomes do PSDB indicados para disputar a corrida eleitoral na cidade de São José dos Campos, quase todos são desconhecidos da população. Diante disso, é grande a pressão para que o deputado federal Emanuel Fernandes se candidate. Na torcida, até mesmo o governador Geraldo Alckimin ao depu tem garantido seu forte apoio ao deputado, juntamente com principais nomes da cúpula tucana no estado de São Paulo.  Emanuel, no entanto, nega a possibilidade de concorrer a prefeitura joseense e coloca o partido em meio ao caos.

Segundo uma pesquisa do jornal “O Vale,” ele venceria as eleições em primeiro turno. Porém cedendo lugar a outros nomes, abre caminho para o pré-candidato do PT, Carlinhos Almeida, liderar a disputa com folga.

O problema do PSDB está na falta de planejamento político, não só para São José dos Campos. É corriqueiro que os candidatos do partido, Brasil a fora, confirmem as candidaturas em cima da hora, não decolando nas campanhas eleitorais.

Em São José, caso Emanuel resista à disputa, os 16 anos de hegemonia na prefeitura podem ser ameaçados, uma vez que não há outro nome forte o suficiente na chapa para concorrer ao pleito. Se os tucanos tivessem o mínimo de planejamento, haviam trabalhado em um novo candidato, como plano B na disputa, pelo menos nos últimos quatro anos. Agora fica essa indecisão toda que só beneficia a oposição e pode confundir a população.

domingo, 25 de março de 2012

Parque tem vocação para se transformar em 'cidade tecnológica' em São José dos Campos

A intenção é que cerca de 200 mil pessoas trabalhem ou estudem no local, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região.

Com mais de 25 milhões de metros quadrados, o Parque se prepara para receber novas empresas e instituições de ensino (foto: Daniel Corrá)
Daniel Corrá/São José Dos Campos - Em 2005, dois ex-alunos da turma de doutorado do Instituto Tecnológico Aeroespacial (ITA), Nei Brasil e Benedito Maciel, fundaram em São José dos Campos, a Flight Technologies, uma empresa de desenvolvimento em soluções inovadoras, com foco no setor aeronáutico. Inicialmente na incubadora do ITA, a Flight se mudou para o Parque Tecnológico em 2008 e hoje emprega cerca de 30 profissionais, sendo referência no mercado. “Agora, buscamos a liderança latino americana no nosso setor”, afirma Noli Kozenieski, gerente comercial do negócio.

A Flight é apenas uma das mais de 30 empresas presentes atualmente no Centro Empresarial I, do Parque. Situado em uma área de 25 milhões de metros quadrados, às margens da Via Dutra, o núcleo é destaque por abrigar empreendimentos de setores intensivos em conhecimento, com prioridade para as áreas de energia, aeronáutica, saúde e recursos hídricos e saneamento ambiental, e institutos de pesquisa e ensino. Essa concentração tecnológica combinada proporciona a oportunidade de interação entre si. “O fato de você reunir empresas do setor que têm afinidade e sinergia no trabalho é extremamente estratégico e funcional”, defende Kozenieski.

Para Liv Taranger, Assessora de Comunicação do Parque, o ambiente de convivência estimula o empreendedorismo, garantindo às empresas um acesso privilegiado a laboratórios, profissionais com alta qualificação e novas oportunidades de negócios. “Nosso objetivo é estimular o desenvolvimento de uma rede de conhecimento, tecnologia e inovação que gere soluções com amplitudes globais”, afirma Liv.

Quem trabalha no Parque, também enxerga grandes oportunidades de crescimento profissional. Luciana Guimarães, Analista de Recursos Humanos da Vale Soluções em Energia (também situada no complexo), mora em Pindamonhangaba e se locomove para São José de segunda à sexta-feira, sem medir esforços. “Aqui eu vislumbrei um crescimento profissional, pois é onde estão as melhores empresas e as ‘coisas acontecem’”, conta a Analista. Luciana sai de Pinda pela manhã, logo após deixar o filho de dois anos na escola, e percorre cerca de 50 km até o local de trabalho. “Existe um gasto com combustível e certo cansaço físico, mas a relação custo-benefício vale muito a pena”, garante.

Para o economista Edson Trajano, momentos de crise mundial podem ser grandes oportunidades para empresas de pequeno porte e cunho empreendedor e tecnológico, como as do Parque (foto: Daniel Corrá)

Novos Investimentos 
Visando atrair ainda mais novas empresas e instituições, o Parque começa agora a dar novos passos. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) anunciou o investimento de 65 milhões de reais na construção de um novo campus no “Parque das Universidades”, um espaço de 400 mil metros quadrados onde já está abrigada a Faculdade de Tecnologia de São José dos Campos (Fatec). Além disso, ainda nesse semestre serão iniciadas as obras do Centro Empresarial II, um investimento de mais de 13 milhões de reais, financiado pela Prefeitura da Cidade, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O novo pólo deverá abrigar 50 novas empresas e ser concluído em 2014.

Implantado em março de 2006, o Parque Tecnológico de São José dos Campos integra o Sistema Paulita de Parques Tecnológicos, um projeto da Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento. Atualmente, o núcleo tecnológico ao todo, conta com dois mil profissionais e somente em 2011 os empreendimentos no local faturaram cerca de 2,5 milhões de reais. A previsão, é que dentro de 15 e 20 anos, exista até 200 mil pessoas estudando ou trabalhando no Parque. “A ideia é nos transformarmos em uma cidade tecnológica dentro de São José”, revela a assessora de imprensa.

RM Vale e crise europeia
Todo o desenvolvimento e crescimento do Parque Tecnológico podem ganhar ainda mais força com a recém-criada Região Metropolitana do Vale do Paraíba, um instrumento jurídico que permite o planejamento de questões que envolvem as cidades da região, integradas de forma territorial e econômica. A RMVale, traz entre outros benefícios, o aumento no repasse de verbas estaduais e federais para investimento na região. Para o economista e professor da Universidade de Taubaté, Edson Trajano, a região metropolitana facilita ações de políticas regionais de desenvolvimento. Trajano, que é Doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), ressalta a importância do Parque Tecnológico para o processo de inovação tecnológica regional, indispensável no aumento da produtividade do trabalho e da competitividade das empresas locais. “Existe consequentemente a contribuição para a ampliação da renda e do emprego regional””, afirma.

O professor acredita também, que nem o cenário econômico mundial abalado deve ameaçar o investimento em empresas de médio porte e nacionais, como as situadas no Parque. Ao contrário, momentos como esse podem abrir oportunidades para esse nicho de negócio se fortalecer e ser a base para alavancar ainda mais nossa economia. “Nas últimas décadas a região cresceu com uma economia baseada nas grandes empresas multinacionais, pode ser um bom momento para mudar esse quadro”, avalia Trajano. Mesmo com a crise europeia ameaçando grandes corporações, por enquanto o Brasil se mantém forte e este modelo de empresas empreendedoras, cada vez mais crescente no Vale do Paraíba, é a prova que o Parque Tecnológico pode ser a “galinha dos ovos de ouro” da nossa região.


Reportagem publicada no Jornal Diário de Taubaté, em 16 de março de 2012.

domingo, 22 de janeiro de 2012

O poder que destrói a sociedade

Foto: Reuters
São José dos Campos viveu um domingo (22/01) assustador. Cerca de 2 mil policiais invadiram o bairro Pinheirinho, área dominada em 2004 por famílias sem moradia, que hoje somam quase 6 mil ocupantes.

Dona do terreno, a massa falida da empresa Selecta, entrou na justiça e pediu a desocupação do lugar. A justiça então determinou a reintegração de posse e após semanas (ou até meses) de impasses, a polícia invadiu o espaço. Os habitantes do lugar reagiram. Montaram barricadas, preparam as famílias, fizeram algumas firulas à imprensa durante as coberturas do caso nos últimos dias, e no fim das contas, estão deixando suas casas, que começam a ser destruídas.

É lamentável ver a situação chegar a um ponto extremo como este. A prefeitura da cidade se omitiu o tempo todo. Omitiu-se por não controlar a situação logo de início, há oito anos. A ocupação ocorreu de maneira ilegal e algo deveria ser feito na época. Porém, tentar barrar a moradia de qualquer indivíduo em algum lugar é impopular e nossos políticos acabam por adiar medidas importantes a serem tomadas, que zelem o bem estar de todos.

Lucas Lacaz Ruiz/A13/Folhapress
O resultado? O pior, infelizmente aconteceu. O mais curioso é que a polêmica desocupação do Pinheirinho acontece justamente em 2012, ano eleitoral. Difícil não relacionar todos os problemas que nossa sociedade enfrenta em relação às práticas e manipulações políticas de nossos governantes. Se outrora a administração de São José se omitiu em controlar a situação, agora a oposição também não pestanejou em incentivar uma guerra joseense. 
Vimos isso claramente diante das posições totalmente opostas dos governos federal e estadual em relação ao caso. Um lado banca de bonzinho, de olho na tão sonhada prefeitura da cidade nas próximas eleições e trata a história com toda destreza, como se bastasse chegar e urbanizar a área (fácil assim!). O outro lado se omite atrás da falta de assistência, de diálogo e de cabíveis medidas para controlar a situação. Dar as caras neste momento, pode simplesmente apertar a corda no pescoço e colocar a administração da cidade em um beco sem saída para uma possível reeleição do partido no poder.

O resultado final é uma guerra entre políticos, pobres sem teto, policiais, e principalmente ideologia. O mais triste de tudo, é ver que situações como esta, terminam de maneira grotesca e agressiva, justamente porque nosso falho sistema político, vive pensando unicamente no poder, deixando a sociedade a deriva de cuidados, comprometendo o bem estar e os direitos de todo e qualquer cidadão.

Esse post pode até ser uma perca de tempo. Dificilmente esse jogo político do qual nos tornamos vítimas mudará e também não trago nenhuma novidade. Mas enquanto uns se dividem em opiniões, dizendo o que acham certo ou errado nessa situação, acho que o nosso problema está mais em cima e prejudica toda a sociedade. O problema do Pinheirinho tem apenas um culpado: o poder. O poder para realizar a desocupação. O “não ter poder” para possuir condições de uma moradia digna e a falta de postura e medidas de nossos governantes, que culminam em situações absurdas como esta, simplesmente pela busca incessante ao poder.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Direto ao ponto: Prefeitura de São José veta aumento da passagem de olho nas urnas

Foto: site Prefeitura de São José dos Campos

A administração de São José dos Campos negou o pedido de aumento da tarifa de transporte coletivo na cidade. O valor, hoje em R$ 2,80, foi alterado no início de 2011 e se aceito, passaria para R$ 3,00 (mesmo valor da cidade de São Paulo, por sinal, o mais caro do Brasil). Segundo informações do site da Prefeitura, não há previsão para um novo reajuste.

A medida soa muito mais como estratégica política do que administrativa ou social. Aumentar o valor da passagem de ônibus este ano, seria um tiro no próprio pé para o prefeito Eduardo Cury. A busca por um novo nome para fazer o PSDB seguir na Prefeitura da cidade não será fácil. Qualquer deslize pode por em cheque os planos do partido, que terá o PT, com Carlinhos Almeida, jogando todas as fichas, para conseguir finalmente pisar no Paço Municipal, após 16 anos de administração tucana... 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Manifestações ganham forças e armas eficazes em todo o mundo

Manifestantes se reuniram em Brasília e em outras capitais Brasil a fora, na marcha
contra a corrupção
Quem está sempre atento nos noticiários regionais, nacionais e internacionais pode se deparar facilmente com fatos semelhantes: protestos e mais protestos! Parece que por todos os cantos, vemos comunidades e nações inteiras saturadas e injustiçadas com o sistema político e econômico de onde vivem.

Em Wall Street, centenas de pessoas saíram às ruas contra a enorme remuneração dos altos executivos, os bilhões de dólares gastos pelo governo para resgatar instituições financeiras após a crise de 2008, e as manobras usadas pelas empresas para evitarem o que muitos americanos consideram que seria justo em termos de impostos. A situação política e econômica americana vem passando por um período de grandes dificuldades. O desemprego beira a 10% e recentemente o país viu sua nota de crédito ser rebaixada.

Os efeitos da crise continuam tendo reflexos ao redor do mundo. A Europa sofre uma de suas piores recessões financeiras nos últimos tempos, e vê sua própria moeda perder cada vez mais forças. Atolada de dívidas, a Grécia virou um dos países mais prejudicados do bloco europeu e começou a ter suas ruas tomadas por manifestantes com cada vez mais frequência.

Manifestações contra regimes ditatoriais em países como Egito e outros do Oriente Médio, ganharam força e repercussão na internet, principalmente no Twitter e resultaram, em sua maioria, na queda de grandes ditadores, dando vitória e fortalecendo ainda mais a população.

Manifestantes se reuniram em Brasília e em outras
capitais Brasil a fora, na marcha contra a corrupção
No Brasil, os efeitos da crise ainda são menos nocivos, mas o sistema político insiste em indignar a sociedade.  Em 7 de setembro, 25 mil manifestantes se reuniram em Brasília, sem bandeira de partidos e unidos contra a corrupção, em um movimento que teve início no Facebook. No último dia 12 de outubro, o ato se repetiu e cerca de 20 mil pessoas marcaram presença na capital federal e em outras cidades do país.

Ainda mais perto de nossos umbigos, em São José dos Campos, jovens e grupos religiosos estão empenhados em um movimento massivo contra o aumento de 50% no salário dos vereadores da cidade. A pressão pelos manifestantes tem sido tão grande, que alguns parlamentares já voltaram atrás na decisão, propondo revogação da proposta. Para atrair a população, a comunidade também tem usado de ferramentas virtuais como vídeos e protestos nas redes sociais. Dando apoio as reivindicações, o jornal popularesco “Bom Dia”, tem puxado uma série de movimentos espalhando adesivos em carros com mensagens contra aos “$uper$alários” em São José.

Seja em Wall Street, na Grécia, em Brasília ou na sua própria cidade, as manifestações precisam de cada vez mais força. É a prova de que as pessoas estão ativas, vivas, querem e precisam de mudanças na sociedade em que vivem. É de suma importância aproveitar as diversas ferramentas disponíveis atualmente – sejam vídeos na internet, redes sociais, ou até mesmo jornais locais – para endossar ainda mais estas campanhas.  A população já não pode mais ficar calada e mesmo que seus representantes insistam em fechar olhos e ouvidos diante suas reivindicações, é preciso mostrar-lhes força. Aquela mesma força, que há décadas atrás saía às ruas do Brasil, lotava praças e avenidas e também derrubava ditaduras.

sábado, 3 de setembro de 2011

O que é democracia no país em que políticos fazem tudo e população manda em nada?

Lula, Dirceu e Dilma no Congresso do PT. Dirceu, réu no processo do mensalão, foi ovacionado pelos militantes do partido. Nesse Brasil tudo pode e ninguém é de ninguém! (foto: site Veja)

Parece que cada vez mais os acontecimentos políticos desse país me deixam com um sentimento de indignação ascendente. Estamos todos esgotados, mas para nossos queridos governantes nunca é demais! O que se vê é uma população entediada com os rumos que sua política toma, mas que não consegue mudar o sistema. Parece que o verdadeiro sentindo da palavra democracia (governo do povo), está ficando mais longe de nossa sociedade.

Esta semana, tivemos ótimos exemplos de situações que deixam você e eu revoltados, sem saber o que fazer. Tivemos a absorção da deputada Jaqueline Roriz (PMN – DF), após a divulgação de um vídeo, em que ela aparece recebendo suposta propina, de Durval Barbosa (DEM). Ela não é a primeira e pelo visto não será a última beneficiada por leis que não valem para todos nesse Brasil. Qual foi o problema deste caso? Faltaram provas suficientes, ou todos queriam mesmo saborear uma boa pizza?

Exemplo de que todos merecem um perdão, José Dirceu foi acariciado e exaltado pelo eterno presidente Lula, Dilma Rousseff e militantes do PT, no 4º Congresso do partido, realizado na última sexta (02/09). Para quem não se lembra, o mesmo José Dirceu ovacionado por seus colegas e admiradores, é o principal réu no processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal). Ou todos têm memória curta, ou realmente não se importam com os inúmeros e desgastantes acontecimentos políticos em nosso país.

É um roubo atrás do outro, mas nunca ninguém é punido de verdade. Fazem o que querem com nosso dinheiro e quando o povo resolve se mobilizar é reprimido ou ignorado. Mais uma vez, o verdadeiro sentido da democracia se afasta. Uma das principais promessas na campanha da presidente Dilma, foi a erradicação da pobreza e a diminuição da desigualdade social. Porém, o que vemos até agora não condiz com o prometido. Nas redes sociais, vi um comentário exatamente assim: “Os políticos brasileiros estão preocupados com a distribuição de renda. Só que para as pessoas erradas”. Realmente, esta parece ser a mais pura verdade.

Nem a nossa região escapa! Em São José dos Campos, interior de São Paulo, mesmo sobre forte pressão popular, vinda de diversas cidades do Vale do Paraíba, os vereadores da cidade simplesmente ignoraram os protestos contra o aumento do “supersalário”, inicialmente previsto em cerca de 80%, mas fixado em 55%, passando de R$ 8 mil, para quase R$ 13 mil reais por mês. Os sucessivos protestos da população foram completamente ignorados. Claro, somente eles têm a razão.

Como se não fosse o bastante, nosso querido governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), tem a capacidade de pedir para que os professores trabalhem por “amor” e não por dinheiro, diante a crise da educação no estado. Veja que interessante, que genial, sr. Governador! Quer dizer que nesse país, professores, bombeiros, policiais e outros milhares de trabalhadores devem exercer suas funções com mais amor ao invés de se preocuparem em exigir mais pela miséria que ganham? Enquanto isso, a camada alta da população, composta por nossos políticos e servidores públicos, com salários que passam de R$ 13 mil, de R$ 26 mil, declaram aos quatro ventos que a quantia recebida é “compatível” com a função que exercem.

O fato é que nossos políticos simplesmente ignoram a opinião pública. A população é maldosa demais. A imprensa é investigativa demais. Eles só estão ganhando seu "dinheirinho", pegando uma carona em "jatinhos" públicos, usando e abusando daquele "salariozinho" que sai do meu e do seu bolso. Nossos governantes governam para seus interesses próprios, e enquanto isso acontecer vou continuar desacreditando no exercício da plena democracia. O governo brasileiro é de todos, menos do povo.

domingo, 7 de agosto de 2011

O que você faria se ganhasse R$ 15 mil por mês? Pergunte aos vereadores de São José...

Foto: Jornal "O Vale" (Victor Moriyama)
Os vereadores de São José dos Campos vão ficar com o bolso mais cheio a partir de 2013 se o projeto articulado por eles mesmos que prevê um aumento de 80,2% nos próprios salários for aprovado no próximo dia 18 de agosto. A intenção também é votar ainda este semestre uma proposta que aumente de 21 para 27 o número de cadeiras ocupadas na Câmara Municipal.

O salário dos vereadores da cidade vai saltar de R$ 8.320 para R$ 15 mil por mês, e juntas as duas medidas poderão dobrar os gastos com a folha de pagamento dos parlamentares, que hoje gira em torno de R$ 2 milhões por ano.

O Jornal “O Vale” avaliou o impacto da mudança, destacando que economizado este dinheiro, poderiam ser resolvidos parte dos problemas sociais da cidade:
“O gasto extra de R$ 2,7 milhões por ano com salários seria suficiente para construir 44 casas populares no padrão da CDHU, ao custo de R$ 62,5 mil cada uma.
O montante também permitiria a contratação de mais 99 médicos para a rede municipal de saúde com o salário-base da categoria, de R$ 2.310 por mês.
A medida resolveria o problema de falta de profissionais nas unidades de saúde --hoje, o município tem um déficit de 100 médicos.”

Alguns vereadores da Câmara afirmam que existe folga no orçamento da casa e que o aumento não causará prejuízos. Como assim? Folga? Prejuízos?  O dinheiro administrado vem do bolso de todos nós cidadãos, que pagamos impostos altos, com salários 28 vezes menores, para darmos a eles regalias salariais? O dinheiro que ali está não é para gerar lucro ou prejuízo, e sim para servir a população e suprir suas primordiais necessidades da melhor maneira.

O presidente da Câmara, Juvenil Silvério (PSDB) teve a capacidade de declarar que o aumento só ocorrerá decorrente da “compatibilidade” e importância com a profissão “A atividade parlamentar é um compromisso que o vereador assume 24 horas por dia. Sinceramente, esse salário é compatível.”, afirma Silvério ao jornal.

Avisem ao nosso querido líder do legislativo, que todos nós temos compromissos com nossos ofícios, e com a sociedade o tempo todo. Que professores também trabalham em ritmo intenso para formar uma sociedade digna com conhecimento e não ganham aquilo que merecem. Que policiais brasileiros também sacrificam suas vidas diariamente priorizando a segurança da população e ganham em troca um dos piores salários do mundo.

Existem outras prioridades a serem discutidas antes de nossos vereadores rechearem seus bolsos com o dinheiro público, com o dinheiro que é seu, que é meu. Talvez, só depois de realmente exercerem seu papel e conseguirem fazer reparo em problemas gritantes ao nosso redor, seria possível pensar em aumentar ainda mais seus salários nada baixos. Afinal, aposto que não existe nenhum vereador passando fome na Câmara Municipal para querer abocanhar um salário de R$ 15 mil mensais, uma vez que com essa quantia, é possível bancar uma viagem a Europa e guardar “uns trocados”.

Aos vereadores da oposição, fazem bonito na hora de falar aos jornais que são contra a proposta, mas não se vê movimentação nenhuma dos mesmos (talvez juntamente com a população) para impedir a decisão. Mas é claro, vocês realmente acham que eles vão ficar incomodados em ganhar “só” 80% a mais mensalmente?! Assim não dá, São José!

Daniel Corrá 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os 244 anos de São José dos Campos


São José dos Campos completa 244 anos neste 27 de julho. Como toda cidade, precisa de melhorias em questões fundamentais como saúde, educação e transporte, mas sem dúvidas, é embalada pelo progresso há algumas décadas. Uma cidade que cresce ordenadamente e é fundamental para toda região do Vale do Paraíba. O jornal "O Vale" deu destaque aos contrastes da cidade e trouxe em sua capa a brilhante foto (acima) do fotógrafo Claudio Capucho. Linda, né?! Outras fotos da cidade você confere aqui!