As redes sociais são
imensuravelmente poderosas atualmente e devemos saber usá-las para promover e
espalhar boas causas. Ainda há pouco vi no Facebook de meu amigo Jarbas Noronha,
uma nota sobre o Instituto Pandavas, escola que eu estudei do pré a oitava série. Costumo falar um pouco dela por onde passo, afinal,
muito do que eu sou hoje, devo a esta brilhante instituição. Muito mais que português
e matemática, aprendi cidadania e formei meu caráter. Hoje, o Pandavas precisa de ajuda e o texto de Jarbas, conta um pouco sobre toda a
essência deste projeto que ganhou vida há quase 30 anos e não podemos deixar
acabar. Acima, você também pode conferir um belíssimo vídeo que conta um pouco
a história do Instituto. Veja e espalhe
essa ideia. Quem sabe uma grande empresa ou empresário, ou alguém com o coração
aberto e condições financeiras, ajude a manter este sonho de pé!
Foto: divulgação |
“Tenho uns vizinhos.
Quando cheguei aqui há 7
anos, não conhecia esses vizinhos. Pra mim era apenas uma escola. E, no meu
egoísmo achei bom ser vizinho de uma escola; afinal, não teria alguém tocando
música alta nos fins de semana, a estrada seria mantida para o acesso do ônibus
escolar e outros pequenos benefícios de ser vizinho de uma instituição.
Um dia fui lá apresentado e logo convidaram para o almoço. Aquele almoço maravilhoso da Dona Lena que quem provou, sabe o que estou dizendo. Nessa primeira conversa ouvi um pouco a história dos Pandavas. Já me encantei logo ali. Primo e Mara vieram da capital há uns trinta anos atrás e adotaram em torno de 20 crianças carentes e criaram uma espécie de creche; que mais tarde virou uma escola; num terreno doado que era puro pasto.
Caminhar por essa área toda arborizada, carinhosamente mantida, com trilhas fresquinhas, alguns grupos de alunos tendo aula ao ar livre sob os pinheiros da beira da estrada; faz difícil crer na transformação desse pedacinho de chão. Uma transformação que está muito além do visível. O Instituto Pandavas acolhe em torno de 130 crianças, gratuitamente; e,além das aulas de primeiro ao nono ano, oferece dança teatro, marcenaria, música, culinária, tear,papel artesanal e outros cursos que não me vêm à memória. Acima de tudo, cidadania. Muita cidadania. Não consigo deixar de notar, na conversa inteligente com algum adolescente pela cidade, o fato de que ele ou ela foi um aluno do Pandavas.
Tenho orgulho de ser vizinho
desta escola, como de ter sido professor de Matemática e instrutor de
marcenaria por um ano aí. Como tenho muito boas lembranças dos mutirões de
manutenção; dos bingos; das olimpíadas e feiras de ciências; das formaturas
cheias de lágrimas e esperança.
Hoje o Instituto agoniza.
Após perda da manutenção financeira há 4 anos atrás; a escola sobrevive de
trabalho voluntário e ocasionais verbas de projetos vários; uma grande tortuosa
trilha burocrática para conseguir possíveis certificações e financiamentos
incertos. E inconformismo. Inconformismo com o fato que nós lobatenses venhamos
a deixar ir um dos bens que nos é mais precioso.
Numa era de poetas,
intelectuais e filantropos de “control C e control V”, tenho orgulho
imensurável de ser vizinho de vocês, Primo e Mara, que sabem o que é fazer; não
por um dia, não por um mês; mas por trinta anos...” - por Jarbas Noronha
Duas coisas me deixaram admirados por esta matéria.
ResponderExcluirA seguinte frase mencionada no texto “devo a esta brilhante instituição. Muito mais que português e matemática, aprendi cidadania e formei meu caráter”, pela maneira que você citou essas palavras, deu pra perceber o quão importante foi e é esta escola pra ti.
E a frase falada no vídeo “Por que tão longe? Por que o espírito humano há que ser cultivado em qualquer quadrante e escolas semeadas em todas as distâncias”.
Daniel, parabéns por mais uma excelente matéria, mas, acima de tudo, espero que objetivo de você ter escrito seja alcançado e que a escola consiga a ajuda necessária.
Dani, é maravilhoso ver que nesse mundão cada vez mais perdido, tem lugares que promovem o encontro da alma com as pessoas. Na essência. Maravilhoso.
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