Seu novo trabalho chega meio a vazamentos de conteúdo na internet antes do previsto. Seu single vazou antes da data prevista. Seu álbum completo também caiu na rede há três semanas antes do lançamento oficial. Como se não bastasse, as fotos de divulgação de “4” para seu site oficial, também vazaram em um piscar de olhos.
Com todas as músicas do novo trabalho divulgadas e dois singles oficialmente lançados, Beyoncé declarou em sua página do Facebook que a maneira como tudo caiu na internet, não é como ele gostaria de apresentar suas músicas ao público. Alguns críticos mais ácidos alfinetaram a cantora pelo fato de não haver muitas avaliações sobre seu novo álbum e pelos singles lançados ainda não terem atingido o topo das paradas de sucesso do mundo inteiro, sendo ofuscados por hits sucessivos de Lady Gaga, Rihanna, Katy Perry e Adele. Porém, poucos citaram a ousadia da cantora em apresentar um trabalho totalmente inovador, fugindo da famosa “Davidguetalização” que grande parte dos artista do momento vem abusando.
Na contramão das batidinhas eletrônicas e dançantes, Beyoncé busca referências no afrobeat (uma mistura de jazz, funk e ritmos africanos) e seu talento vocal é surpreendentemente comprovado nas 12 faixas que compõem seu quarto CD. O álbum não deixa dúvidas que hoje Beyoncé é hoje uma artista consagrada e independente, colocando a cantora a respeitáveis níveis de talento que se comparam a de nomes grandiosos do mundo da música como Whitney Houston. A sensação que “4” também transmite é a de uma Beyoncé totalmente entregue a música com a alma. É a sensação de uma artista que não se preocupa exclusivamente em fazer aquilo que será exaltado, ou seguir tendências. É a sensação de uma artista de verdade, que se arrisca. Uma artista ousada que faz aquilo que acredita ser bom, mesmo que cause impacto. Afinal, tudo que é diferente inevitavelmente causará certo frisson.
Beyoncé posa para uma das fotos de divulgação de seu novo álbum, "4" |
Na mesma declaração sobre o descontentamento do vazamento de “4”, a cantora ainda comprova cada adjetivo citado às linhas acima. “Quando eu gravo minhas músicas, eu sempre penso em meus fãs cantando e dançando cada nota, a cada batida. Eu faço música para fazer as pessoas felizes”, declara. Diante disso seria impossível essa tremenda artista ser considerada (como foi citada em uma crítica) a “diva da década passada”. Beyoncé já está marcada “atemporalmente” e mesmo que seu novo álbum não seja um sucesso de vendas ou não alcance o topo das paradas de sucesso, seu talento é e sempre será evidente. Afinal, uma cantora com tremenda capacidade vocal e corporal, que causa arrepios e é calorosamente ovacionada em todas as suas apresentações jamais pode ser considerada de outra década. Uma cantora que inova fazendo a música que acredita e transforma sua identidade em seu estilo de trabalho é muito mais que de uma ou duas décadas. Há muito Beyoncé Knowles comprovou que não é apenas um sucesso passageiro e evidenciou seu perfil. Quando se trata de música, ela manda no mundo (Girls)!
Muito bom o que você escreveu sobre Beyoncé.
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